A idéia desse Blog é trocar experiências e discutir sobre as questões raciais e de gênero e tantos os tipos de discriminações existente nessa sociedade de opressores e oprimidos.
sábado, 25 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Obrigada por me mostrar que vale a pena!
sábado, 20 de novembro de 2010
Hoje encontrei Zumbi
Hoje encontrei Zumbi na força de uma mulher preta a carregar seu filho pela rua, na sua luta em buscar do sustento da família, no seu grito de dor ao pari a vida.
Hoje encontrei Zumbi nos traços fortes de um homem preto, trabalhando ao sol, resistindo ao racismo policial e a morte em potencial.
Hoje encontrei Zumbi no sorriso de um pretinho a me fitar. Nos seus passinhos cambaleantes em minha direção, nas suas mãozinhas a me tocar. Nos cachinhos da pretinha bonita com fitas, que se orgulha de ser assim tão pretinha.
Hoje encontrei Zumbi no toque de um atabaque vibrante, na energia minada do som, vindo feito prece. No blues de um azul entristecido, na quarta feira de cinzas do fim de um carnaval.
Hoje encontrei Zumbi, nos cabelos coloridos, nas tranças desenhadas, nos Blacks desdomados. Nos andares apressados, nos sorrisos abafados, nos falares alto, nos jogos de ombros, pés e mãos, na linguagem corporal dos irmãos e irmãs.
Hoje encontrei Zumbi na fé dos que acreditam, na luta dos que gritam, na revolta dos não aceitam, na força dos que continuam a caminhar. Nos guerreiros e guerreiras sem faces, nos que morrem e nascem; nos que deram suas vidas em nome de uma causa maior.
Hoje encontrei Zumbi, andando nas ruas, ao meu lado no ônibus lotado, nos porões dos presídios, nas senzalas das favelas, nos terreiros de umbanda, nas rodas de samba, nos bancos das praças, nas escolas, na maioria dos lares.
Hoje encontrei Zumbi, ao me enxergar no espelho e perceber que ele estava em mim.
Zumbi ainda vive. Somos todos Zumbi!
(Luciana - 20/11/2010)
Meu 20 de Novembro
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
CONSCIÊNCIA NEGRA
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Você já sofreu por causa do racismo?
Quantos negros e negras concluíram a Universidade? Quantos(as) são diretores(as) de empresas? Quantos(as) são parlamentares?
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (Brasil) em parceria com o CANAL FUTURA apresenta um vídeo com falas de brasileiros e brasileiras sobre a condição do(a) negro(a) no Brasil. É um vídeo que trata das consequências de séculos de escravidão no Brasil. Um país que aboliu formalmente a escravidão em 1888, mas esta continua sendo marca real no país.
O vídeo postado " Preto no Branco - NEM TUDO É O QUE PARECE (Racismo no Brasil)" pode ser utilizado em debates e em cursos onde a temática do racismo e do preconceito está presente
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Educando a minha dor do não saber: A chegada da sala
No começo bate o desespero: “O que estou fazendo nesse curso”?, “Será que é realmente isso que eu quero? “... Tantas informações, tantas incertezas e medos com relação ao futuro. Nada parece se encaixar.
Depois de um tempo as coisas já não parecem tão assustadoras.... E já aceitamos que seremos educadoras (infelizmente nem sempre essa consciência chega rápido). E como tudo passa depressa! Quanta mudança em tão pouco tempo... Amadurecemos, enxergamos coisas, passamos a entender melhor nossas antigas professoras e a lembrar com carinho de algumas delas. Passamos a entender que a culpa pelo nosso fracasso ou sucesso escolar não dependeram só de nós, que “... escola é lugar que se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima... (Paulo Freire)”. Cresce a sede de saber, a dor do não saber-se educadora, o medo de falhar... Afinal somos marinheiras de primeira viagem. Mas agora não tem jeito, o fruto cresce dentro de nós e chegara a hora de pari-lo
O tempo parece curto para a quantidade de coisas que temos que aprender, entender, questionar, acreditar ou nos libertar... Ainda não estamos prontas, (mas será que um dia estaremos, nos sentiremos prontas?) mas não há mais tempo...È chegada a hora.
E de repente, não mais que de repente, lá estamos nós com a nossa primogênita sala nos braços. E agora? O que fazer diante de uma sala com 32 alunos/as que te observam assustados, esperando de você o que talvez não esteja preparada para dar. A primeira reação é de desespero, medo, impotência, raiva e tristeza... Um misto de sentimentos... Percebemos que toda aquela teoria, toda aquela gestação, aquele preparo, desaparece ao nosso alcance. E agora o que fazer?, Como fazer? A quem pedir ajuda? A escola volta a ser um lugar assustador... Então você lembra-se de como achava sua professora forte, impotente, superior... e agora sabe que ela já teve medo e que não sabia todas as coisas do mundo.
O desafio foi lançado e não há mais volta. È necessário encarar a realidade: Você tem uma sala, só sua e precisara ensinar e aprender ao mesmo tempo, educar sua dor do não saber. E como qualquer educadora de primeira viagem, muitos serão os tropeços, os erros e acertos, as longas horas de montagem de aula, os diversos conselhos sobre o que você deve ou não fazer com a sua sala, os diversos métodos, as diferentes didáticas e modos de ensinar...
Uma hora o pânico inicial terá passado e começaremos a nos sentir um pouco mais confiante para seguirmos nossos extintos de educadoras, a não chorar sempre que não conseguimos dar aula, a aceitar que não conseguiremos atingir todos os/as nossos/as alunos/as e que nem todos caminharão juntos, que você não poderá resolver todos os problemas das suas crianças, e que isso não te fará uma fracassada.
Mas nem tudo é desespero. Nada paga o carinho que você conquista de cada um deles/as, a briga para pegar na sua mão durante a fila, para ser seu ajudante do dia, para receber um muito bom no caderno... Os tantos e tantos chamados durante a aula “Pro, fulano fez isso”. “ Pro me ajuda?”, “ Pro sabia que eu gosto muito de você!”, “Pro, você é tão legal! Mesmo quando fica brava”. E de repente, não mais que de repente, você já nem lembra mais do seu nome, agora é simplesmente “Pro” ou, em alguns casos, “Tia”.
E essa historia não acaba aqui....
(Luciana dos Santos – Professora de primeira viagem da turminha do 3º G)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Quem gosta de mulher preta nessa cidade?
Realmente fico me perguntando se tem homem nessa cidade que goste de mulher preta. Me pergunto e só vejo que a pergunta faz sentido quando estou do lado das irmãs de cor. Quando diálogo sobre o assunto com as amigas brancas, em geral, a coisa fica no tom do "isso é coisa de sua cabeça". Mas não é não. E também nem tudo é da área do "quando você se sente bonita as pessoas te notam". Não é só isso, claro que isso conta. Mas nessa terra, que nem bem você passa o povo já fala alguma coisa, já mexe, é estranho você sair exuberante para uma festa e absolutamente ninguém dizer nada. Você dançar, brincar estar se sentindo bem e bonita, mas mesmo assim, ser solenemente ignorada. Sinto frequentemente isso nas badalações noturnas de Salvador, especialmente desse reduto que frequento que é o Rio Vermelho. Ando com mulheres não tão bem resolvidas assim, mas noto que como todas são brancas, a aceitação e receptividade é diferenciada. E é solenemente irritante ver que os homens negros também têm essa preferência. Sinceramente isso me dá uma certa repulsa.
Demorei muito a escrever essa chateação, até porque sempre fiquei acreditando que "isso era coisa da minha cabeça", afinal vivo na Bahia! E por aqui é terra da democracia racial. Porra nenhuma. Mas notariamente sinto que nesse mundinho dos barzinhos do Rio Vermelho, nas festinhas cabeçonas da UFBA, nos eventinhos cult da cidade, no meio teatral não há muito espaço para beleza da mulher negra. No fundo no fundo, a mulher bonita mesmo é a branca. É a deusa, a bela, a graciosa. A negra pode render uma boa trepada, mas pra mostrar pros amigos, pra receber tapinha nas costas, pra botar fotinha no álbum do Orkut, a mulher que conta e que a galera curte mesmo é a branca.
E me dá uma sensação de que os lugares pra mim são muitíssimo restritos. Que esses locais por onde ando, só são locais pra se ir, dançar tomar uma, mas esqueça essa história de flertar. Porque eu sou bonita, exótica, divertida, bom papo, tão somente.
E amiga, que ler isso, se você for branca, não opine. Não vai saber, nem ter sentido o que eu tô falando. Porque mesmo os negões de discurso engajado de Salvador, dificilmente vão preferir uma mulher negra, diante de uma branca. Só se um cometa passar por sua frente... Enfim, deixo a pergunta, tem alguém que gosta de mulher preta nessa cidade negra?
Retirado do blog: Eu sou Amélie Poulain -http://eusouamelie.blogspot.com/
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Fizeram a gente acreditar…
… que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito paixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
(Marta Medeiros)
PS: PS: Esse texto foi sugestão de Marcelo Soares e foi retirado do site: Rede Relações livres (uma rede social que tem como objetivo desatar o nó da monogamia mostrando e vivenciando a multiplicidade sexual e afetiva). Vale a pena dar uma conferida nessa rede.
PS: Esse texto foi sugestão de Marcelo Soares e foi retirado do site: Rede Relações livres (uma rede social que tem como objetivo desatar o nó da monogamia mostrando e vivenciando a multiplicidade sexual e afetiva). Vale a pena dar uma conferida nessa rede.
http://rederelacoeslivres.wordpress.com/
domingo, 29 de agosto de 2010
Trocando experiências...
Por conta desse blog estou tendo oportunidade de conhecer mulheres pretas de vários lugares. Uma oportunidade maravilhosa de troca de experiências. Varias visões a cerca de questões relacionadas à mulher preta.
Através dessas conversas tenho percebido que não importar a localização espacial, nós mulheres pretas temos muito em comum e vivenciamos no nosso dia a dia situações que acabam nos tornando tão parecidas. E em meio a varias conversas noto que as questões afetiva da maioria das mulheres pretas anda deixando a desejar. Em quase todas as conversas sobre relacionamentos a situação é sempre a mesma: Mulheres pretas, lindas, inteligentes e solteiras. Eu achei que isso fosse algo isolado ou que talvez eu fosse chata demais... RS. Mas pelo visto a coisa é mais complexa e anda se estendendo como epidemia
Bem... Tenho certeza que há varias opiniões a respeito desse assunto. Para começar vou postar um texto de uma amiga chamada mia (uma baiana arredada!) e quem quiser divulgar a opinião é só mandar o texto para o meu e-mail ou postar um comentário. Bjs a todos e todas.
Negras, lindas, inteligentes e solteiras
terça-feira, 3 de agosto de 2010
CASAMENTO ABERTO
Andou circulando pela internet um texto creditado a Danielle Mitterrand, viúva do ex-presidente francês François Mitterrand. Pelo teor, acredito que seja mesmo de sua autoria. Quando permitiu que a amante e a filha que ele teve fora do casamento comparecessem aos funerais, Danielle comprou uma briga com a ala mais conservadora da sociedade francesa. Agora está se defendendo com uma reflexão que serve para todos
É sabido que a instituição casamento vem se descredibilizando com o passar do tempo. Hoje, uma relação que dura vinte anos já é candidata a entrar para o Guinness. Li outro dia uma pesquisa sobre os casais mais "divorciáveis" da atualidade. A tal Paris Hilton era a mais cotada para se separar no primeiro ano de matrimônio - erraram: nem chegou a haver casamento. E fora do mundo das celebridades não é muito diferente. Os pombinhos estão no altar, e os amigos, na igreja, já estão fazendo suas apostas para a duração do enlace. Todo mundo quer casar, adora a idéia, mas poucos ainda acreditam no felizes para sempre, e não porque sejam cínicos, mas porque conhecem bem o contrato que estão assinando: com exigência de exclusividade vitalícia, ou seja, ninguém entra, ninguém sai. Difícil achar que isso possa dar certo nos dias atuais.
O casamento vai acabar? Nunca, mas vai continuar a fazer muita gente sofrer se não entrarem cláusulas novas nesse contrato e se as cabeças não se arejarem. Danielle Mitterrand diz o seguinte: "Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente." E termina citando sua conterrânea, Simone de Beauvoir: "Temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida".
Estamos falando de casamento aberto, sim, mas não desse casamento escancarado e vulgar, em que todos se expõem, se machucam e acabam ainda mais frustrados. Casamento aberto é outra coisa, e pode inclusive ser monogâmico e muito feliz. A abertura é mental, não precisa ser sexual. É entender que com possessão não se chegará muito longe. É amar o outro nas suas fragilidades e incertezas. É aceitar que uma união é para trazer alegria e cumplicidade, e não sufocamento e repressão. É ter noção de que a cada idade estamos um pouquinho transformados, com anseios e expectativas bem diferentes dos que tínhamos quando casamos, e quem nos ama de verdade vai procurar entender isso, e não lutar contra. Sendo aberto nesse sentido, o casal construirá uma relação que seja plena e feliz para eles mesmos, e não para a torcida. E o que eles sofrerem, aceitarem, negociarem ou rejeitarem terá como único intento o crescimento de ambos como seres individuais que são.
Enquanto não renovarmos nossa idéia de romantismo, continuaremos a bagunçar aquilo que foi feito apenas para dar prazer: duas pessoas vivendo juntas. Eu não conheço nada mais difícil, mas também nada mais bonito. E a beleza nunca está nas mesquinharias e infantilidades. A beleza está sempre um degrau acima.
(Martha Medeiros)
quarta-feira, 14 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
“ Balançando sob a luz do sol, a melancolia há de esmorecer. Balançando sob a luz do sol, as lagrimas hão de secar. Quando as mulheres negras foram trazidas à força para o litoral americano, sendo escravizadas e mais maltratadas do que gado, elas trincaram os dentes e, decididas a sobreviver em seu destino, deram a luz ao blues , à melancolia. Desde então, todas as mulheres afro-americanas têm procurado uma cadeira de balanço e a luz do sol para espantarem sua tristeza..”
(Opal Palmer Adisa)
Sou de uma família cheia de mulheres. Mãe, duas irmãs, muitas primas (de 1º e 2º grau), tias... Mulheres pretas guerreiras, das vozes rocas e altas, de risadas longas e gostosas, de muita expressão corporal.
Essa semana me veio à memória lembranças do meu tempo de menina, foi ai que parei para pensar que existe uma coisa que provavelmente faz parte da infância de toda menina preta: O ritual do trançar o cabelo. Qualquer menina preta sabe que esse momento envolve mais do que o entrelaçar de dedos sobre nossas cabeças.
Lembro-me que o momento de trançar o cabelo é a justificativa para a reunião entre mulheres... Todas na sala. Enquanto uma trançava o cabelo as outras conversavam ao redor. Era o momento de lembranças de família... Mães, tias, vizinhas, amigas... Falando de seus tempos de bailinho, suas brincadeiras e travessuras... Esse era o momento de chorar, compartilhar problemas, ajudar uma a outra. Era o momento que elas tinham para baixarem seus escudos da guerra diária, para se permitirem emocionalmente. Enquanto isso nós as filhas ficávamos correndo desesperadas para trançar o cabelo (como doía!).
Mas não tinha jeito... O dia de trançar o cabelo era inadiável e mesmo que corrêssemos, uma hora éramos pegas e pronto...Lá estávamos nós presas entre as pernas das nossas mães. E mesmo diante das reclamações sobre o estado dos nossos cabelos e de um o outro puxão, na tentativa de desembaraçar a secos os fios crespos, esse era o momento do ritual. Um momento de amor entre mãe e filha que nenhuma palavra consegue expressar. Os dedos da mãe entrelaçando-se em nossa cabeça... Mãos carregadas de ancestralidade, de amor e cuidado. Não importava a dupla (às vezes tripla) jornada de trabalho, os sofrimentos, a tristeza de uma vida dura e miserável, as feridas provocadas por sociedade racista e machista... Sempre haveria um tempo para trançar o cabelo. Recordo que algumas vezes acordava pela manha sem saber em que momento minha mãe havia trançado meu cabelo (como ela conseguia trançar meu cabelo enquanto eu estava dormindo? ).
Uma vez me perguntaram quando eu havia aprendido a fazer tranças no cabelo. Foi então que percebi que isso acontece tão naturalmente na vida de uma menina preta, que nem sabemos quando ou como aprendemos. Simplesmente trançamos e pronto! Não é algo ensinado (tecnicamente falando), mas sim vivenciado, sentido, construído... Num ritual de carinho entre mães e filhas.